Diferentona. Na contramão de bancos centrais ao redor do mundo que lutam para controlar a inflação, a China enfrenta o exato oposto disso agora: a deflação. |
Por lá, os preços estão caindo no ritmo mais rápido em três anos. Em novembro, os preços caíram 0,5% em relação ao ano anterior — a maior queda desde o auge da pandemia. |
Os alimentos puxaram o índice para baixo, com queda de 4,3%. Só a carne suína viu seu preço cair 32% no último mês na comparação anual. Já as exportações subiram só 0,5% em novembro. |
Ué, mas isso não é bom? Nem tanto. Com a deflação, consumidores e empresas acabam adiando suas compras e investimentos na expectativa de que os preços caiam ainda mais. |
Com o pouco movimento no mercado, isso acaba desacelerando a economia e colocando o risco de um ciclo vicioso: menos gastos → menos lucros → mais demissões → menos emprego. |
O movimento gerou uma desconfiança sobre a capacidade da China em recuperar sua economia, que também enfrenta uma crise no mercado imobiliário e alto desemprego entre os mais jovens. |
O Banco Popular da China planeja entrar com um novo pacote de estímulo fiscal, além de emitir 1 trilhão de yuans — cerca de US$ 137 bi — em dívida para apoiar a economia. |
Looking forward: Sem se recuperar da pandemia, o crescimento deve ser de 5,4% neste ano — o terceiro menor desde a década de 90. Depois disso, em 2024, as expectativas são ainda menores, com 4,6%. |
Outros destaques em economia: |
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Fonte: https://thenewscc.com.br/