Brasília, Congresso Nacional, 11h da manhã: O clima esquentou. Na Comissão de Ética, por 12 votos a 5, os deputados decidiram encerrar um processo que poderia levar à cassação de André Janones por suspeita de rachadinha.
Mas o que era para ter se encerrado depois da votação acabou se transformando num expediente marcado por tumultos e palavrões — cenas que dariam inveja à turma da 5ª Série B.
Round 1: Boulos vs. Marçal 🗣
Pablo Marçal, que deve concorrer à prefeitura de SP, estava na sessão fazendo uma live de tudo o que acontecia. Vendo isso, Boulos, relator da ação e também. pré-candidato a prefeito de SP usou seu discurso para provocar Marçal.
Debate eleitoral antecipado. O deputado do PSOL chamou o empresário de “coach picareta”, e Marçal disse que é ele quem paga o salário de Boulos. Veja o bate boca.
Round 2: Nikolas vs. Janones 🥊
Ao fim da sessão, Janones chamou os deputados de direita presentes no Conselho de “boiolas” e apontou diretamente para Nikolas o chamando “para conversar lá fora”.
E lá se foram eles. Nos corredores da Câmara, a Polícia Legislativa e uma dúzia de assessores evitaram cenas piores, mas não faltaram palavrões, gritos e xingamentos.
O que poucos veem nisso tudo…
Quase que instantaneamente, as discussões e empurrões foram parar nos trending topics e nos assuntos mais comentados nas redes sociais dos brasileiros.
O curioso é notar que, para um mesmo acontecimento, os envolvidos conseguiram gerar cortes alimentando o seu ponto de vista e a sua narrativa aos seus seguidores. Clique para ver um post do Nikolas e outro do Janones.
Com isso, um único fato recebe diferentes visões e interpretações. No fim, quem consegue engajar mais se sente como “vencedor” do debate online.
🎻 Resumo da ópera: Se, antes, os candidatos disputavam quem teria mais tempo no horário eleitoral na TV, o que aconteceu ontem em Brasília foi um exemplo claro de que o foco dos políticos está cada vez mais em viralizar e repercutir. O corte é o novo horário eleitoral.