O governo da Argentina vai precisar gastar cerca de US$ 450 milhões adicionais em importação de gás, inclusive da Petrobras, para conseguir suprir a demanda com a chegada do inverno.
Assim como no fim do ano na Europa, o consumo de gás por dia aumenta no inverno da Argentina — chegando a quase dobrar.
O gás é usado nas indústrias, como combustível para veículos, na produção de energia em termoelétricas e em diversos outros setores.
Hoje, os hermanos não são autossuficientes para suprir toda essa demanda. Acontece que, para eles virarem, as obras do principal gasoduto precisam ser concluídas — que hoje só está atuando com 50% da sua capacidade.
Aqui entra a questão política da coisa: No “plano motosserra”, Milei cortou diversos gastos para controlar a questão fiscal do país, e um deles foram os US$ 35 milhões a construtoras para terminar as obras.
👍 Por um lado, o país teve superavit em janeiro, fevereiro e abril, tendo o melhor trimestre para o setor público do país desde 2008.
👎 Por outro, o preço pago pelo gás sobe de US$ 5 (do gasoduto) para US$ 18, somando um provável gasto adicional de US$ 450 milhões — o que pode pesar nos resultados do próximo trimestre.