Como a Coreia do Norte está usando youtubers para mudar a imagem do país?

Senta que lá vem história. De crianças comentando sobre livros do Harry Potter à adolescentes passeando em parques, nos últimos dois anos, vários influenciadores norte-coreanos ganharam espaço no YouTube.

Ver a vida cotidiana de jovens pode parecer irrelevante, porém, na nação mais secreta e isolada do mundo, os vlogs estão levantando suspeitas.

Como assim, dênius? Especialistas sugerem que, na verdade, esses influenciadores estão relacionados a funcionários de alto escalão do governo, e podem fazer parte de uma campanha para repaginar a imagem do país.

Explicando… 🧐

Com rígidas restrições à liberdade de expressão e quase nenhum acesso à Internet, a Coreia do Norte vive isolada do mundo há décadas. Em razão disso, os influenciadores que leem Harry Potter e acessam o YouTube parecem estar longe da realidade do país.

Só pra ter ideia, as poucas pessoas que têm smartphones só conseguem acessar uma internet administrada pelo governo. E, pra não falar que é só a tecnologia, livros e filmes estrangeiros também são proibidos por lá.

Indo além da liberdade de expressão, enquanto os influenciadores mostram uma vida com acesso a scooters e máquinas de café, estimativas mostram que apenas 26% da população norte-coreana tem acesso a eletricidade.

Repensando o marketing 💭

A propaganda não é novidade, mas as campanhas anteriores consistiam em pôsteres do ditador Kim Jong Un em um cavalo branco. De uns tempos pra cá, no entanto, o líder ordenou que as autoridades fossem mais criativas na abordagem.

Segundo especialistas, o investimento nos vlogs que retratam a Coreia do Norte como um “país normal” não passa de uma estratégia para incentivar o turismo e recuperar a economia do país que ficou bem abalada na pandemia. Onde é que o Kim fez esse MBA em marketing?

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