As novas taxas não adiantaram muito. No 1º semestre deste ano, as contas públicas viram o déficit crescer e chegar ao patamar de R$ 43,4 bilhões — o equivalente a 0,78% do PIB.
O rombo mais que dobrou comparando com o ano passado, e foi o pior 1º semestre desde os gastos com a pandemia em 2020. Desmembrando o resultado:
- O governo federal teve déficit de R$ 40,2 bilhões;
- Estados e municípios fecharam com R$ 1 bi no vermelho;
- As empresas estatais tiveram saldo negativo de R$ 1,74 bilhão.
O que isso quer dizer? Mesmo com um aumento de impostos, o que o governo tem arrecadado com os tributos não tem sido o suficiente para cobrir os gastos.
Lula tinha garantido que o governo ia fechar as contas em equilíbrio — gastando o mesmo que arrecada — neste ano. No entanto, a situação piorou e a meta foi adiada para 2025.
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(Imagem: Poder360)
Além de estar com as contas no vermelho, o governo vem se endividando mais. A dívida bruta do Brasil chegou a 77,8% do PIB no mês passado — o maior patamar desde 2021.
Futuro nada animador… Se, hoje, o valor passa dos R$ 8,7 trilhões, pelas projeções do próprio governo, a dívida pública vai continuar subindo até 2027, quando deve atingir o pico de quase 80% do PIB.
No fim do dia, a dívida pública é o “cheque especial” do governo, e um endividamento maior pode comprometer a capacidade dele em investir em áreas essenciais como saúde e educação, além de aumentar a desconfiança do mercado sobre o risco de calote do país.
