Jaqueline, que trabalha como investigadora desde 2018, afirmou que o assédio ocorreu no ambiente de trabalho em 2020
No âmbito da Polícia Civil de Minas Gerais, vem à tona uma denúncia que está causando rebuliço. Durante uma audiência pública organizada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), ocorrida na última sexta-feira, 7 de julho, a investigadora Jaqueline Evangelista deu um testemunho alarmante.
Ela alega ter sido vítima de assédio de dois colegas de profissão. Em uma trama surpreendente, uma das pessoas acusadas é a própria chefe da Polícia Civil, Letícia Gamboge. De acordo com a investigadora, por temor de possíveis retaliações, solicitou medida protetiva contra ambos os acusados. No entanto, em resposta a tais alegações, Letícia Gamboge negou qualquer tipo de comportamento abusivo, afirmando que acolheu Jaqueline. Também em defesa da chefe da Polícia Civil, a assessoria afirmou que não existe nenhuma medida protetiva contra Letícia.
Jaqueline, que trabalha como investigadora desde 2018, afirmou que o assédio ocorreu no ambiente de trabalho em 2020. Ela relutou em denunciar, por acreditar que não levaria a nada. A denúncia foi motivada pelo trágico suicídio da escrivã Rafaela Drumond, ocorrido na Zona da Mata.
Em suas palavras, ela descreveu a instituição em que trabalha como machista, onde as mulheres são reprimidas de todas as formas. Jaqueline, de fato, continuou a trabalhar com o agressor após o incidente, uma experiência que alterou seu comportamento de maneira perceptível para seus colegas de trabalho.
Com o apoio dos colegas, ela formalizou as denúncias. Revelou que, após a confissão do assediador, descobriu outras vítimas do mesmo servidor. O nome do servidor em questão foi mantido em sigilo devido ao segredo de justiça.
Depois de fazer as denúncias, Jaqueline foi transferida de sua delegacia no DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) para trabalhar no setor administrativo, um movimento que ela atribuiu a Letícia Gamboge. Ela alegou ter sido transferida quatro vezes em um ano sem seu consentimento.
Em março deste ano, Jaqueline registrou uma denúncia contra Letícia Gamboge por assédio moral na Ouvidoria Geral do Estado de Minas Gerais (OGE-MG). Ela reiterou seu medo de ambos os acusados e mencionou que havia solicitado uma medida protetiva contra eles.
Letícia Gamboge, em defesa própria, destacou que quando assumiu o cargo no DHPP estava ciente da denúncia de importunação sexual feita por Jaqueline e que, como mulher, policial civil e mãe, não poderia aceitar tal comportamento. Letícia também se prontificou a ter todos os policiais que trabalharam com ela ao longo dos anos ouvidos pela comissão.
Fonte: https://plox.com.br/
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