Que dia… Se havia alguma expectativa de um governo Lula mais moderado na Faria Lima, ontem, a realidade mostrou que os próximos 4 anos devem ser bem diferentes.
O que houve? No início da manhã de ontem, Lula fez uma visita ao “coworking” da transição, em Brasília, e fez um discurso que mudou os ânimos do mercado financeiro inteiro.
O presidente eleito se mostrou mais comprometido do que nunca com as pautas sociais — em especial a fome — e garantiu que essas serão a prioridade em seu governo.
Mas por que isso assustou os investidores?
Pelo fato de Lula ter deixado claro que a responsabilidade fiscal ficará longe de seus planos, relembrando gestões anteriores do PT.
- Por conta disso, a taxa de juros futura teve alta de 7%, já que, uma situação fiscal incerta, pode significar que o novo governo vai gastar muito mais — ao menos, na percepção dos investidores.
Além disso, o petista também reforçou que seus ministros das cadeiras econômicas ainda não estão definidos e adicionou mais uma peça do time de transição, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Guido Mantega.
O Ibovespa, então, que reflete as expectativas futuras dos investidores, sentiu e fechou a quinta em queda de 4,46%, aos 108.966 pontos.
- Para se ter uma ideia do impacto, pense que o dia de ontem já se tornou um dos 5 piores da história da Bolsa brasileira.
💸 O dólar não ficou de fora do susto e fechou o dia com sua maior alta diária desde março de 2020, quando a pandemia se alastrava no mundo.
O mais interessante: A Bolsa americana teve ontem, depois de sinais de queda na inflação, sua maior alta dos últimos 3 anos, com S&P subindo 5%.
Outros destaques, economicamente falando:
- “Boa sorte”, diz Meirelles, um dos erroneamente cotados para Ministério da Economia de Lula após declarações sobre teto fiscal
- Melhor que o esperado. O Índice de Preços ao Consumidor na Bidenland subiu 0,4% em outubro.
- Balanços: O Banco do Brasil teve lucro líquido de mais de R$ 8 bilhões no 3T, uma alta anual de 60%
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