O governo da Espanha reconheceu formalmente a Palestina como um Estado, em um esforço conjunto com os governos de Irlanda e Noruega.
O movimento coloca uma maior pressão internacional sobre o governo de Israel, e isso tem ainda mais efeito por ter vindo de três nações do Ocidente, teoricamente, aliadas, (ainda que indiretamente) a Israel.
- O premiê espanhol Pedro Sánchez apareceu em rede nacional dizendo que essa é uma “decisão histórica” com o objetivo de ajudar os israelenses e palestinos a alcançarem a paz.
- De imediato, o chanceler de Israel rebateu Sánchez, dizendo que o governo espanhol estava “sendo cúmplice na incitação ao genocídio contra judeus e crimes de guerra”.
A discussão é mais antiga do que parece… Desde 1988, durante a chamada primeira intifada — que você escutou nas suas aulas de história —, a Palestina tenta se firmar como um Estado independente.
De lá para cá, diversos países passaram a reconhecê-la como um. Hoje, esse grupo já soma 75% dos países do mundo — 145 do total de 193.
Ainda assim, por conta do poder de veto dos EUA, aliado de Israel, a Palestina não é um “membro pleno” da ONU. Aprofunde se quiser.
Voltando à Espanha… Além da geopolítica, o movimento de Sánchez também tem impacto interno. Isso porque, hoje, mais de 2,5 milhões de muçulmanos moram na Espanha — mais de 5% dos 47 milhões de habitantes do país.