Parece que os americanos vão começar 2025 com muitas incertezas. Isso porque o Federal Reserve anunciou o terceiro corte de juros seguido, dessa vez de 0,25pp. Agora, a taxa de juros dos EUA fica em 4,25-4,50% ao ano.
É comum que um Banco Central use dessa estratégia — corte de juros — quando já conseguiu controlar a inflação e, agora, quer dar mais incentivo o consumo, para fazer a economia girar.
- No entanto, esse não é exatamente o cenário atual por lá. A taxa de inflação da terra do Tio Sam continua acima da meta: 2,7% em novembro.
“Então, por que cortou?” Na verdade, como os EUA estavam com taxas muito acima do normal para frear a alta inflação, agora, o Fed está tentando dosar essa redução para não acabar freando demais a economia mantendo uma taxa muito elevada por mais tempo que o necessário.
🚦É como uma corrida de kart: Você põe o pé no freio ao chegar em uma curva acentuada (inflação alta). Se você demorar para acelerar depois (cortar juros), no trecho da reta (inflação controlada), você vai acabar ficando lento demais (desaleceração econômica).
O grande ponto é que, no caso dos juros, tem um delay de cerca de 6 meses para o “kart” responder. Não à toa, o motorista ou melhor, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que “hoje foi mais difícil, mas era a decisão certa”.
E o que vem pela frente?
O Fed previu somente mais dois cortes em 2025, dois outros em 2026 e mais um em 2027. Mas isso tudo pode mudar com o retorno do Trump à Casa Branca em janeiro.
A expectativa é que o presidente aumente tarifas e corte alguns impostos, o que são consideradas medidas inflacionárias — ou seja, que podem fazer o BC precisar intervir.
PS: Nessa semana, Trump disse que vai subir as taxas para países com altas tarifas para produtos americanos, como o Brasil e a Índia.