Para tentar destravar um julgamento que está há mais de 10 anos no STF, o governo sugeriu que o FGTS seja corrigido, no mínimo, pela inflação.
Aprofundando… O benefício funciona como uma “poupança do trabalhador”, onde a empresa deposita, todos os meses, um valor sobre o salário do funcionário num fundo.
- Acontece que o dinheiro aplicado tem rendimento muito baixo, de pouco mais de 3% ao ano — o que muitas vezes fica abaixo da própria inflação.
Na prática, o trabalhador acaba perdendo dinheiro, já que ele ganharia mais se colocasse o $$$ por conta própria em outro investimento.
Estudos mostram que as perdas com o fundo são de 24% nos últimos dez anos e de 194% para quem trabalha de carteira assinada desde 1999.
O que está em jogo: O julgamento vai continuar nesta semana, e pela proposta do governo o FGTS renderia sempre, no mínimo, o mesmo que a inflação anual.
No entanto, o Ministério da Economia não quer compensar as perdas que os trabalhadores tiveram durante todos esses anos — o que custaria R$ 661 bilhões aos cofres públicos.
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