De olho no bloco. Os representantes das nações do BRICS estão reunidos na Rússia para discutir, entre outros assuntos, a criação de uma nova categoria de “países parceiros”.
- São cerca de 30 candidatos a fazer parte do novo grupo, sendo a favorita a Venezuela — mesmo com um governo não reconhecido pela comunidade internacional.
A importância: Depois da adição de 5 países como membros plenos, o BRICS passou a somar 35% do PIB mundial e 46% da população global. Comparando, o G7 detém 33% do PIB do mundo.
Com o bloco ganhando cada vez mais importância, existe o receio de que o BRICS se torne um grupo contrário ao G7 e aos interesses dos EUA — o que se confirmaria com a entrada de Venezuela, Cuba e Nicarágua.
Acabou a amizade? Mesmo ficando em Brasília por causa de um acidente doméstico, Lula sinalizou para a sua equipe diplomática que o Brasil deve se posicionar contra a entrada do país governado por Maduro no bloco.
Enquanto China e Rússia apoiam a inclusão dos venezuelanos, a delegação brasileira deve focar no fato de que, segundo um relatório da ONU, Maduro foi o responsável por uma série de crimes contra a humanidade.
O que está por trás disso? O Brasil quer que todos os novos membros do BRICS se comprometam a apoiar sua entrada no Conselho de Segurança da ONU, e teme perder força dentro do grupo com muitas novas adesões.
PS: Ao deixar de viajar, Lula vai, sem querer, evitar um atrito diplomático com a Ucrânia e os EUA por conta de um simples — mas simbólico — fato: a ausência de uma foto apertando a mão de Putin.
