Um Valentine’s Day nada amoroso… Pelo menos foi esse o clima entre motoristas de aplicativo e empresas de transporte nos EUA durante a tarde de ontem enquanto rolava o Dia dos Namorados por lá.
- Mais de 130 mil motoristas se recusaram a aceitar corridas em 10 grandes cidades americanas. A greve se concentrou nos trajetos que tinham aeroportos como partida ou destino.
Além de Uber e Lyft, os dois principais apps de corrida nos EUA, entregadores do DoorDash — como se fosse o “iFood americano” — também pararam completamente com os pedidos por mais de duas horas.
O motivo por trás da greve: Desde que as empresas adotaram um modelo de preços baseado em algoritmos, os motoristas se queixam por não conseguirem ter uma garantia de pagamento antes de aceitarem as viagens.
Pelos cálculos dos sindicatos, a remuneração mensal média dos cadastrados na Uber em 2023 caiu 17% nos EUA em comparação com 2022.
O outro lado: A empresa minimizou os impactos da paralisação e disse que a maioria dos motoristas está satisfeita com os ganhos médios de US$ 33/hora. Já a Lyft anunciou um plano para aumentar os ganhos semanais.
Olhando o todo, o mercado de trabalhadores sem vínculo empregatício cresce rápido nos EUA. A projeção é que mais de 50% dos americanos prestem esse tipo de serviço até 2027 — movimentando mais de US$ 200 bilhões.
Falando em Lyft… A empresa cometeu um erro de digitação na expectativa do resultado para esse tri, colocando um zero a mais. Isso fez as ações da empresa subirem rapidamente quase 70%.