Parece até novela, mas é Brasil. Na reta final do segundo turno, a campanha de Jair Bolsonaro recorreu ao TSE afirmando que a chapa do presidente estaria sendo alvo de uma grande “fraude eleitoral”.
A suposta fraude teria ocorrido porque rádios, especialmente das regiões Norte e Nordeste, teriam deixado de veicular milhares de peças publicitárias da campanha de Bolsonaro.
- Segundo eles, em 7 dias, mais de 100 horas de conteúdo eleitoral do presidente não foram ao ar.
O que disseram as rádios? Seis das oito rádios citadas na auditoria negaram o cometimento de irregularidades, dizendo que não receberam as inserções a tempo para serem veiculadas.
Já a assessoria de Jair, por outro lado, disse que todas as entregas foram realizadas no prazo e que quem manda as inserções para as emissoras é o próprio TSE. Suco de Brasil…
Alexandre pediu provas 👨🏻🦲
Ao ser acionado, o presidente do TSE deu 24 horas para a entrega de provas. O time de Bolsonaro cumpriu a exigência, mas Moraes negou o pedido de investigação e remeteu o caso ao STF, na pasta Inquérito das Fake News.
Segundo ele, as irregularidades apresentadas nas evidências reunidas pela campanha de Bolsonaro “são inconsistentes” e carecem de “base documental crível”. Você pode vê-las aqui.
O ministro pediu, ainda, que a Procuradoria-Geral Eleitoral se manifeste sobre o caso, argumentando que houve um “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana”.
Bolsonaro reagiu 🤨
O presidente, que estava em campanha fora de Brasília, retornou à capital após a negativa de Moraes, para conceder uma coletiva de imprensa, julgando extremamente graves os episódios recentes.
Abre aspas: “Iremos às últimas consequências dentro da Constituição para fazer valer o que nossas auditorias constataram: enorme desequilíbrio das inserções (de rádios). Isso interfere na quantidade de votos no final da linha”.
Bolsonaro também criticou a exoneração “relâmpago” feita pelo TSE de um funcionário que estaria ciente de irregularidades. Em resposta, o Tribunal afirmou que a demissão foi motivada por assédio moral.
O presidente, por fim, ironizou a diferença da postura do TSE no tratamento dos dois candidatos, relembrando a permissão de Moraes para investigar e bloquear bens de empresários bolsonaristas com base em prints de conversas de WhatsApp.
Bottom-line: Enquanto alguns admiram a firmeza do ministro, veículos de mídia internacionais renomados — como o The New York Times — têm questionado suas recentes decisões.
Fonte: https://thenewscc.com.br/