Una empanada estragada. O encontro que reúne líderes dos países da América do Sul está sendo marcado pelas farpas entre Brasil e Argentina.
O climão já começou quando Milei recusou o convite da Cúpula e preferiu encontrar Bolsonaro durante o CPAC, um evento conservador em Santa Catarina.
O drible do argentino em Lula deixou o governo BR irritado, que considerou romper relações diplomáticas com a Argentina dependendo do que o presidente argentino falasse no evento.
- No fim, Milei focou o discurso nos feitos de seu governo, criticou o socialismo e elogiou Bolsonaro — mas sem citar o atual presidente brasileiro diretamente;
- Um dia depois, no Mercosul, Lula condenou a “agenda conservadora” e fez críticas veladas a “países que querem apequenar o bloco”.
¿Por qué esto importa? O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina — que, por sua vez, é a 3ª maior parceria brasileira. Entre si, os dois países movimentaram mais de R$ 140 bilhões no ano passado.
🦁 Na prática, é como se você (Milei) evitasse uma reunião de negócios com seu maior cliente (Lula) para se encontrar seus amigos em uma festa (Bolsonaro e cia).
O encontro do Mercosul vai discutir possibilidades de livre comércio entre os países-membros com outros blocos econômicos, como os Emirados Árabes Unidos. Brasil e Palestina firmaram um acordo em separado, inclusive.
Looking forward: Ao que parece, se o tom continuar subindo, o nosso governo não desconsidera romper de vez com o argentino, o que poderia impactar diretamente o comércio entre os dois países e investimentos em conjunto.