Abriu o jogo. Kamala Harris apresentou seu plano para a economia dos EUA. Entre outras medidas, ela quer cortar impostos para mais de 100 milhões de americanos de classe média e proibir o “aumento abusivo de preços”.
- De acordo com a democrata, agentes do governo vão monitorar supermercados com suspeitas de preços altos com objetivo de “lucros excessivos”.
A polêmica está aqui: Além de não dar detalhes sobre como vai cortar arrecadação enquanto a dívida dos EUA bate recorde, a candidata foi criticada por querer controlar à força os preços dos produtos.
Isso porque quando o governo se coloca à frente da lei da oferta e da demanda, o resultado não costuma ser bom. O controle artificial dos preços gerou a hiperinflação no Brasil e crises na Argentina, Venezuela e União Soviética.
Na prática, Kamala tirou a culpa pela inflação americana das políticas econômicas do governo Biden e colocou nos empresários. Mesmo assim, o plano não pegou bem entre o próprio Partido Democrata…
- Primeiro porque a candidata admitiu implicitamente que as medidas de Joe Biden contribuíram para a alta da inflação;
- E segundo porque não existe uma correlação entre o aumento dos preços e o “desejo por lucro excessivo” citado por Kamala.
The big picture: Agora, os democratas se defendem no momento em que Trump lidera por 9 pontos nas pesquisas sobre qual candidato lida melhor com a economia e a inflação.
Os temas são “altamente importantes” para 85% dos eleitores adultos, e são os tópicos que mais afetaram a popularidade de Biden, já que 56% dos americanos sentiram que a economia do país piorou na gestão dele.