Você já assistiu “Post Office”? A série retrata um dos maiores erros judiciais da história do Reino Unido, quando centenas de gestores de agências de correios passaram por mal bocados.
Explicando melhor a história da vida real, tudo aconteceu entre 2000 e 2014, quando mais de 900 trabalhadores dos correios da terra do chá foram acusados injustamente de roubo e fraude.
Como consequência, alguns foram presos, outros ficaram mergulhados em dívidas e vários adoeceram — com pelo menos 4 casos de suicídio.
Tá, mas quem era o vilão da história? O que mais tarde veio à tona foi que o verdadeiro culpado era um sistema computacional de contabilidade chamado Horizon, fornecido pela empresa japonesa Fujitsu.
- Agora, o que era uma questão restrita ao mundo jurídico, ganhou uma dimensão nacional depois do lançamento da série “Mr. Bates v. The Post Office“.
Com 4 episódios, a série dramatizou a vitória dos acusados, e mais de 1 milhão de pessoas assinaram uma petição pedindo que a ex-executiva dos Correios, Paula Vennells, perdesse um título do Império Britânico que recebeu em 2018.
Além disso, com a pressão popular, o premiê do Reino Unido, Rishi Sunaki, prometeu introduzir uma legislação para “exonerar e compensar rapidamente as vítimas”.
A parte curiosa da história 👀
Por incrível que pareça, nenhum dos fatos relatados na série é novidade. O furo foi publicado em 2009 e, só pra ter ideia, no ano de 2013 foram mais de 300 matérias sobre o assunto em uma só revista britânica.
A BBC também produziu uma série documental sobre o tema e um dos jornalistas do caso publicou o livro O Grande Escândalo dos Correios, contando sobre a investigação.
Porém, só a transmissão que começou no dia 1 de janeiro de 2024 conseguiu despertar esse enorme interesse e comoção do público, pressionando o governo a dar respostas claras sobre o caso.
💡 Comprovando o extraordinário poder de séries e filmes em se conectar com o público — e instigar mudanças significativas —, “Post Office” mostra como “dramatizar” essas histórias pode impactar casos como esse.
Fonte: the news