A posse presidencial mais conturbada dos últimos tempos. Nesta sexta-feira, o mandato presidencial de Nicolás Maduro chegou ao fim e o mundo está de olho em quem realmente será o novo presidente do país.
Lembrando… As eleições na Venezuela aconteceram em julho, e o Conselho Eleitoral do país anunciou a vitória de Maduro, com 51% dos votos, contra seu opositor Edmundo González, que teve 44,2%.
Acontece que vários países não reconheceram o resultado como oficial e pediram uma “nova auditoria imparcial”. Isso aconteceu porque o TSJ da Venezuela não quis apresentar a contagem de votos. O TSJ e outros órgãos responsáveis pelos resultados são aliados com o partido de Maduro. A oposição coletou manualmente as atas impressas de urnas e apresentou em um site os resultados, afirmando que, na realidade, González teve 67% dos votos. Por causa disso, o governo da Venezuela emitiu uma ordem de prisão e ofereceu US$ 100 mil por informações que levassem a Edmundo, que se exilou em Madrid. Agora, ele disse que pretende estar no país no dia da troca de presidentes para “tomar posse do governo que os venezuelanos me deram quando me elegeram”. |
O governo de Maduro convocou os venezuelanos a irem às ruas nesta sexta, marchando com uma camisa pró-governo. A oposição também pediu para as pessoas para irem se manifestar: “Maduro não vai sair sozinho(…) Vá para fora, grite, lute.”
A manifestação também teve a participação da líder da oposição Maria Corina Machado, que estava escondida, e que ficou detida por algumas horas ontem.
Zoom out: Maduro já está no poder há 12 anos, e se ele assumir, vai começar seu terceiro mandato de seis anos, ficando até final de 2030. Cerca de 8 milhões de pessoas (1/4 da população) fugiu do país desde que Maduro chegou ao poder.