O ministro do STF, Dias Toffoli, determinou a suspensão do pagamento das multas que a Novonor — antiga Odebrecht — tinha que pagar.
Explicando: A empresa foi uma das empreiteiras que, na época da Lava Jato, procuraram o Ministério Público para fazer um acordo de colaboração com as investigações, o chamado “acordo de leniência”.
Na prática, esse acordo trouxe vantagens para a empresa, mas fez seus quase 80 executivos virarem delatores.
O que é interessante aqui?
É quase um dominó. No ano passado, no mês de setembro, Toffoli disse que as provas obtidas no acordo da Odebrecht eram “imprestáveis”, anulando a utilização das mesmas — gerando um efeito cascata em diversas ações da Lava-Jato.
Há pouco mais de um mês, o ministro decidiu de maneira similar em relação à J&F, grupo de Joesley e Wesley Batista, quando suspendeu a cobrança de R$ 10 bilhões dos irmãos.
No pedido, a Odebrecht afirmou que havia semelhança entre os dois casos e, por essa razão, também deveria ter o mesmo benefício concedido.
O buraco é mais embaixo? 🕳️
Em 2019, Marcelo Odebrecht assumiu que Dias Toffoli tinha um codinome nas planilhas da companhia, e que os executivos da empresa negociavam pautas com o ministro.
Pouco tempo depois, Toffoli determinou que a reportagem com esse fato fosse retirada do ar, pois “se tratava de um típico exemplo de fake news“.
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Fonte: the news