Em breve, os senadores vão decidir se aprovam ou não um projeto que permite a compra e venda de plasma sanguíneo. A PEC já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, a famosa CCJ, e pode ser votada por todos os senadores. |
O plasma é a parte líquida do nosso sangue, que dá cerca de 55% do total. Usando ele, a indústria farmacêutica desenvolve novas tecnologias e produz vários medicamentos — os chamados hemoderivados. |
Atualmente, a única empresa que pode produzir e vender esses remédios é a Hemobrás, uma estatal. Agora, a proposta quer permitir que a iniciativa privada comercialize o plasma, oferecendo a possibilidade de “compensação financeira” aos doadores. |
Mas para isso acontecer ainda tem um longo caminho: a PEC precisa ser aprovada por no mínimo 49 senadores e, depois, por 308 deputados em duas votações em cada Casa. |
A sessão de debates está aberta 💉 |
A iniciativa privada defende a PEC dizendo que a Hemobrás não consegue atender toda a demanda pelos hemoderivados no SUS, fazendo com que o Brasil precise importar medicamentos ou então processar o plasma em outros países. |
Já o ministério da Saúde e o governo criticaram a proposta, afirmando que o sangue da população “não pode ser uma mercadoria” e que a aprovação pode explorar os mais pobres e fazer com que faltem doações para cirurgias. |
Nos EUA, americanos podem vender plasma por 30 dólares — e tem gente que faz isso toda semana para conseguir dinheiro para compras. As indústrias farmacêuticas estimam que o mercado de hemoderivados no Brasil movimenta R$ 10 bi. |
Fonte: https://thenewscc.com.br/