A “privação de férias” é algo real. Quase 2/3 dos trabalhadores ao redor do mundo têm a percepção de que não estão tirando dias de folga o suficiente, especialmente entre aqueles que têm mais dias de descanso.
Em média, empresas na Europa dão mais férias aos seus trabalhadores, variando entre 27 e 31 dias por ano. Ainda assim, são os europeus que mais sofrem com “privação de férias” no mundo.
- 84% dos trabalhadores na Alemanha dizem que não têm férias suficientes. Na França, 69% também se sentem assim — mesmo com 27 e 29 dias de folga em média, respectivamente.
Indo para os “extremos” do globo, vemos uma clara diferença cultural quando assunto é descanso do trabalho. No Japão, por exemplo, onde a média anual é de 12 dias de folga, 53% dizem sentir falta de mais tempo livre.
Já nos EUA, onde são só 11 dias de férias no ano em média, 65% sentem que precisam de mais descanso — 50% dos americanos, inclusive, prefere não tirar todos os dias de férias que tem direito.
Por que isso importa? Para muitos trabalhadores, essa “privação” tem menos a ver com o tempo de folga utilizado e está mais relacionada com os costumes culturais em torno do tempo livre.
- Isso porque, em vários casos, existe a percepção que os empregadores não apoiam o uso das férias, gerando uma incapacidade de se desconectar e se sentir revigorado após o descanso.
Com isso, o time-off até pode aliviar a pressão desses trabalhadores, mas, assim que eles voltarem às suas funções, existe a possibilidade de que o estresse e a ansiedade voltem novamente.
Bottom-line: Enquanto os trabalhadores com carteira assinada no Brasil estão acostumados com a possibilidade de tirar até 30 dias de férias remuneradas por ano, essa não é a realidade em boa parte do mundo.