O novo terminal rodoviário recebeu o nome do ex-prefeito Antônio Lemos. Foto: José Carlos Junior
A mudança de endereço da estação rodoviária de Alegre gerou polêmica no ano passado. O novo terminal rodoviário foi construído ao lado do Parque de Exposições Geraldo Santos, à margem da BR 482, na entrada da cidade.A obra custou R$ 1,3 milhão aos cofres municipais, paga com royalties de petróleo.
A decisão do ex-prefeito Paulo Lemos desagradou boa parte da população e principalmente os comerciantes que dependiam do funcionamento da antiga rodoviária. Muitas pessoas reclamaram da distância do local que poderia até impossibilitar o acesso de idosos.
Após a mudança definitiva,proprietários de bares anexados ao antigo terminal foram prejudicados com a baixa movimentação e faturamento. Os que têm funcionários já encontram dificuldades para colocar o pagamento em dia.”Estamos arrecadando 75% a menos,o município tirou a concessão da rodoviária e ficamos desamparados porque temos nossas despesas,estoque de mercadorias que já está vencendo e estamos de mãos e pés amarrados”,disse um comerciante. As mercearias que estão ao redor também registraram queda nas vendas.
No ano passado,alguns moradores se mobilizaram e fizeram abaixo-assinado na internet pela revogação do decreto municipal que declarava o imóvel localizado na Praça Getúlio Ruy Barbosa em Alegre,onde funcionava a antiga estação rodoviária, como sendo de utilidade pública para fins de desapropriação direta.A justificativa da petição era que a desapropriação e a retirada da estação rodoviária iria prejudicar a população e os comerciantes conforme constatado,inclusive,em Audiência Pública realizada no dia 10 de setembro de 2015 na Câmara Legislativa Municipal.
O novo terminal,que recebeu o nome do ex-prefeito Antônio Lemos Júnior,foi inaugurado no dia 10 de dezembro de 2016,mas não pôde entrar em funcionamento por causa de um embargo feito pelos proprietários da antiga rodoviária que existia desde a década de 1970.Entretanto, a Prefeitura cassou a liminar com uma decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) e as operações começaram após o Natal do ano passado.
