No Dia do Empreendedorismo Feminino, celebrado em (19.11), a realidade das mulheres de negócios no Brasil ganha um novo olhar: elas têm que pagar taxas de juros superiores às dos homens – 34,6% ao ano contra 31,1% –, apesar de registrarem uma inadimplência menor (3,7% contra 4,2%)*, sabia? Ainda assim, elas não desistem e seguem em frente, mostrando a resiliência de quem empreende sozinha e, muitas vezes, com recursos limitados.
Graziella Ferrari, de 47 anos, dona e fundadora da brigaderia Missgatty, destaca os desafios que enfrenta diariamente como única gestora de seu negócio. “Quando vejo o valor dos juros, me sinto desrespeitada como empresária. Pago mais e ainda corro menos risco de inadimplência, mas as instituições financeiras ignoram essa realidade”, desabafa. Para ela, a discriminação de gênero no crédito reflete um sistema financeiro que precisa evoluir. “No fim das contas, acabamos pagando o preço por sermos mulheres e autônomas”, acrescentou.
Essa realidade não se restringe ao campo financeiro: muitas empreendedoras acumulam atividades, tendo que ser ao mesmo tempo líderes e operárias de suas próprias empresas. Elayne Borel, mentora e CEO da Rede Mulheres de Negócios (MN), aponta o impacto disso na saúde e no bem-estar dessas mulheres. “São mulheres que carregam seus negócios sozinhas, com jornadas de trabalho exaustivas, além das responsabilidades pessoais e familiares. E, ainda assim, demonstram uma taxa de inadimplência menor que a dos homens. Isso é prova de competência, mas também de resistência”, afirma. Ela acredita que mudanças nas políticas de crédito podem não apenas dar mais fôlego a essas mulheres, mas também incentivar mais empreendedoras a formalizarem seus negócios e buscarem crescimento sustentável.
Para essas empresárias, o cenário atual ainda exige coragem e persistência, além de uma capacidade constante de adaptação e inovação para manter os negócios vivos e prósperos. “Sigo em frente porque acredito no que faço e sei o valor do meu trabalho, mas, sem dúvida, as condições poderiam ser mais justas,” reflete Graziella Ferrari, deixando claro que, apesar dos desafios, a paixão pelo empreendedorismo feminino no Brasil permanece inabalável.
Fonte dos dados:
*https://sebraepr.com.br/comunidade/artigo/sebrae-em-dados-empreendedorismo-feminino
**https://es.agenciasebrae.com.br/cultura-empreendedora/pesquisa-inedita-do-sebrae-es-revela-que-57-das-mulheres-deixaram-o-emprego-para-empreender/
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