Vivemos uma epidemia do olho seco e o estilo de vida atual é um dos
principais responsáveis pelo agravamento do problema. O alerta é da
oftalmologista Liliana Nóbrega. Segundo a especialista, cresce
significativamente o número de pessoas que sofrem com a doença,
caracterizada pela pouca ou má quantidade de lágrimas na vista,
provocando a sensação de areia nos olhos, ardência, cansaço e
vista embaçada, entre outros sintomas.
Ela aponta que estudos recentes, como os publicados pela Universidade
Federal de São Paulo e pela Universidade Estadual de Campinas,
confirmam o problema.
“De forma geral, os estudos mostram o crescimento da doença do olho
seco no Brasil, com índices bastante elevados, afetando cerca de
12,8% da população. Se focarmos em grandes cidades, como é o caso
de São Paulo, eles mostram que o problema chega a atingir cerca de
24% da população. Num recorte do trabalho, feito com dois mil
estudantes das instituições de ensino, o percentual permanece alto,
afeta 23% dos alunos”, afirma Liliana Nóbrega.
Segundo ela, esses dados mostram, também, que o olho seco vem
aumentando em cidades com mais poluição ambiental e estilo de vida
moderno, e os jovens estão sendo especialmente afetados por conta do
uso das telas.
O olho seco, hoje, é uma doença do estilo de vida. Viver nas grandes
cidades, mais poluídas, e usar telas por muitas horas ao dia, estão
entre os fatores que contribuem para o agravamento do problema. Mas,
também contribuem o envelhecimento populacional, as cirurgias
oftalmológicas, o uso de lentes de contato, maquiagem, a nutrição e
o sono inadequado.
Fazem parte, ainda, dos fatores agravantes, os remédios que tomamos
para ansiedade, depressão e hipertensão por afetarem nossas
glândulas geradoras de lágrimas. São diversos os fatores, muitos
deles decorrentes de transformações da vida moderna. Por isso o
aumento crescente da doença e a necessidade de orientar a sociedade.
Olho seco é uma doença crônica, mas têm tratamentos que aliviam os
sintomas repondo e preservando a integridade das lágrimas.
A prevenção também é importante e passa por reduzir o tempo de uso
de telas, por exemplo. Quanto ao tratamento, a recomendação é
sempre procurar a orientação de um oftalmologista, de preferência,
especializado na doença.
Eduarda Moro
Mile4 Assessoria de Comunicação
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