As questões relacionadas a saúde da população de Guaçuí e ao Lar dos Idosos foram abordadas na reunião da Câmara Municipal, realizada na segunda-feira (17). Vários vereadores se mostraram preocupados em relação às cirurgias eletivas suspensas na Santa Casa e aos exames de média e alta complexidade. Quanto ao Lar, vereadores disseram que é preciso a sociedade abraçar o local e ajudar no que for preciso.
De acordo como vereador Edielson de Souza, a demanda para as cirurgias eletivas é grande, assim como a fila de espera. “Peço à Casa que encaminhe um ofício para a Secretaria de Estado de Saúde, para que ela nos dê explicações sobre a suspensão das cirurgias eletivas no hospital de Guaçuí”, solicitou. O vereador disse que quer montar uma comissão com outros vereadores para que possam ir ao Estado e cobrar soluções para o problema.
“Nós sabemos que o Brasil passa por uma transformação, mas nosso usuário final não pode ser prejudicado”, acrescentou. Outro assunto abordado pelo vereador foi a respeito do Lar dos Idosos. “Acompanhei o Lar dos Idosos na época que fui secretário de saúde. Disponibilizamos para o local uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros e auxiliar de enfermagem”, recordou.
Edielson disse que o Lar tem que ser abraçado por todos. “A comunidade Vicentinos faz muito pelo asilo, mas chega um momento que temos que buscar melhorias para o atendimento. A proposta do Jauhar, novo diretor, é abrir o Lar dos Idosos e envolver toda a sociedade nesta causa. E tenho a certeza que essa ideia pode dar certo”, completou.
Wagner Duffrayer também falou sobre o Lar. “A Sociedade São Vicente de Paula vai continuar a fazer parte do Lar dos Idosos. O trabalho dos Vicentinos é voluntário e às vezes não é o suficiente”, disse. Segundo o vereador, é preciso que o poder público continue repassando a ajuda à entidade. “A Secretaria de Assistência Social dá apoio, o recurso é repassado, mas é preciso que essa ajuda continue. Não podemos fechar os olhos para a situação, pois cerca de 50 idosos são atendidos no asilo”, afirmou.
Ainda em relação à saúde, o vereador Carlos Lomeu lembrou que a partir do ano que vem, o Pronto Socorro será administrado pelo Município. “Minha preocupação são as conseqüências que o Município terá. Quem for atendido no Pronto Socorro e precisar de internação, isso não será feito na Santa Casa aqui. O paciente terá que ir para uma Central de Vagas. O atendimento pela Central é demorado e muitas vezes vidas se perdem”, ressaltou.
Em seguida, o vereador Edielson esclareceu que a urgência e a emergência devem ser referenciadas na Central de Vagas. “A vaga é controlada pelo Estado. Prejuízo para a população não tem. Se o hospital se recusar a receber um paciente, será punido pelo SUS. Em relação às internações simples, se o Estado tiver o controle da vaga, o hospital é obrigado a receber o paciente”, completou.
Mesmo com as explicações de Edielson, o vereador Carlos Lomeu manteve sua opinião contrária sobre o assunto. “Quem sofre com isso é a população. A nova Câmara vai ter que ser muito atuante na área da saúde. Fico preocupado como cidadão e vereador”, ressaltou. De acordo com o vereador, os novos vereadores terão que se empenhar e falar pelo povo. “Do .jeito que está, a Santa Casa já acumula o trabalho no Pronto Atendimento, com essa Central de vagas, as coisas serão ainda piores”, desabafou
Outro vereador que também falou sobre a Central de Vagas foi Rubens Marcelino de Souza. “Já deparei com uma situação complicada na área da saúde. Meu primo foi acidentado, ficou horas esperando por uma vaga. Ele foi direcionado até Cachoeiro de Itapemirim. As pessoas chegam no Pronto Socorro de Guaçuí e são consultadas e bem tratadas, mas a Central demora. Também me preocupo com a questão do Município ter que administrar o Pronto Socorro”, ressaltou.
Durante a reunião, os vereadores votaram dois projetos: o primeiro foi o Projeto de Lei Complementar, de autoria do Executivo Municipal. De acordo com o documento, a Lei institui o novo Plano Diretor Municipal (PDM) e reformula a norma. Segundo o vereador Edielson, o PDM foi discutido com a sociedade civil e grupos de apoio. “Todos deram sua opinião sobre as implementações do Plano Diretor e sobre as normas referentes às construções”, lembrou.
Já o vereador Wagner Duffrayer ressaltou que o projeto é completo e vai trazer muitos benefícios ao município. “Daremos onze passos para o desenvolvimento da cidade. No futuro, o projeto tende a ter muito êxito”, completou.
A proposta foi aprovada por unanimidade. O segundo projeto, de autoria do vereador Wagner Duffrayer, denominou a rua próxima a mina d´água de Guaçuí, de Zilar Vieira Gouveia. O projeto também foi aprovado por todos os vereadores.