Pintou red flag em Wall Street. O estado de Nova York está projetando um déficit de US$ 34 bilhões nas contas públicas para os próximos 3 anos.
O valor representa o maior desde a crise financeira de 2009 e 25% acima da estimativa feita em janeiro pela governadora Kathy Hochul.
O rombo é resultado do aumento nos gastos com planos de saúde e educação gratuitos, somado ao fim de parte dos repasses federais para programas sociais, cortados no orçamento do presidente Trump.
- Para se ter uma ideia, 44% do orçamento fiscal estadual (US$ 254 bi) para o ano que vem será gasto apenas com saúde pública;
- A situação se complica ainda mais com a desaceleração no emprego. De janeiro a maio, o estado criou uma média de 4,6 mil vagas mensais, contra 19,1 mil no mesmo período do ano passado.
O cenário financeiro preocupante dá força a parlamentares democratas, que pedem aumento de impostos.
O principal exemplo é o favorito à prefeitura de Nova York, Zohran Mamdani, que propõe elevar a alíquota do imposto corporativo e criar um tributo sobre milionários para bancar transporte público gratuito e creche universal para crianças de até 5 anos.
Com menos crescimento, menos receita e mais despesas, Nova York vive um dilema clássico de ajuste fiscal — e a disputa eleitoral deste ano promete transformar o buraco orçamentário em um dos temas mais quentes da política local.