Deputados da oposição ao governo protocolaram um pedido para abrir uma CPI que investigue a participação de sindicatos no esquema de fraudes do INSS. A iniciativa já conta com 185 assinaturas — 14 a mais do que o mínimo necessário.
A proposta da CPI é uma reação à operação da Polícia Federal que revelou um esquema de R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos em aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024.
- O governo prometeu devolver os valores descontados irregularmente, mas ainda não definiu como será esse processo.
De acordo com a PF, ao menos 11 entidades cometeram irregularidades, e outras 31 são suspeitas de falsificar autorizações para cobrança de mensalidades.
A CPI tem como propósito mirar a atuação dos sindicatos e o texto cita a “proximidade de lideranças sindicais com figuras do alto escalão do governo” — mirando principalmente Frei Chico, irmão do Lula, que é vice-presidente de um deles.
A decisão sobre a abertura da CPI cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta, que ainda não instalou nenhuma comissão desde que assumiu o cargo, em fevereiro deste ano.
Enquanto a CPI ainda é debatida no Congresso, o presidente Lula anunciou o procurador federal Gilberto Waller Júnior como novo presidente do INSS no lugar de Alessandro Stefanutto, exonerado do cargo após o escândalo.
