O Banco Central divulgou a ata da sua última reunião que decidiu a nova taxa de juros do país, mostrando a opinião e os votos de cada um dos 9 diretores.
Se você já se esqueceu… O BC segurou o ritmo dos cortes na Selic e diminuiu a taxa em 0,25%, deixando ela em 10,50% ao ano — interrompendo o ciclo de seis cortes seguidos de 0,5%.
Aí rachou. Os diretores do BC se dividiram entre aqueles que queriam seguir com as reduções de meio ponto e os que preferiam pisar no freio. Com a ata divulgada, isso ficou bem claro:
- Os quatro indicados no atual governo por Lula votaram por reduzir a Selic em 0,5%;
- Já os cinco nomeados por Bolsonaro votaram por corte de 0,25%.
O que todos concordaram foi não dar pistas sobre a próxima decisão dos juros, deixando claro que o momento é de cautela com o cenário internacional e o aumento das projeções de inflação.
O que está por trás disso: Desde que assumiu, Lula tem criticado a política de juros, argumentando que a taxa está alta demais e “atrasa o crescimento econômico do país”.
O principal alvo é o presidente do BC, Campos Neto, que foi indicado por Bolsonaro. O mandato dele vai até o fim do ano, e, depois disso, Lula vai indicar um substituto. Ou seja, os indicados do atual governo vão ser maioria.
Bottom-line: Enquanto a previsão da inflação para este ano aumenta, as decisões dos diretores vão impactar o bolso dos brasileiros, já que a Selic dita o preço do crédito e dos empréstimos. Clique aqui se quiser aprofundar.
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