A “desdolarização” não colou. Desde a pandemia, os EUA atraíram 33% de todo o dinheiro que circulou pelo mundo — bem menos que os 18% pré-COVID.
O movimento marcou uma reversão nos crescentes investimentos em países emergentes, que vinham desde antes de 2020. Só para ter uma ideia, os investimentos internacionais em países em desenvolvimento foi o mais baixo do século.
A China, por exemplo, que concentrava 7% do fluxo de capitais no pré-pandemia, viu sua participação cair para menos de 3%.
💰 O Tio Sam agradece. Diante de uma das maiores crises econômicas da história recente, o mercado voltou os olhos para a maior e já consolidada economia global. Os principais motivos:
- A taxa de juros americana passou de 1,5% para 5,5% ao ano — a maior em mais de 20 anos — fazendo o dólar render mais;
- O governo dos EUA injetou bilhões de dólares em subsídios para empresas em setores estratégicos como energia limpa e chips semicondutores.
A parte que nos toca… Para mercados emergentes, como o nosso, o capital internacional diminui, reduzindo investimentos e financiamento.
Looking forward: Com o BC americano ensaiando uma redução dos juros e os EUA encarando a maior dívida pública de sua história (US$ 34 tri), pode ser que o fluxo de capital procure outras alternativas ao Tio Sam.
