Parlamentares e ministros do STF querem colocar a volta do financiamento empresarial para campanhas políticas na pauta de Brasília.
Qual é a proposta? O líder do governo no Congresso deve apresentar, nas próximas semanas, um projeto que libera doações milionárias de grandes empresas para a conta de candidatos em campanha política.
- A ideia é adotar um modelo misto no país, em que a maioria da verba dos políticos viria das empresas e uma parcela menor continuaria sendo abastecida pelo dinheiro público.
Como funciona hoje: Só doações de pessoas físicas são permitidas. De resto, todo o dinheiro das campanhas vem dos impostos que nós pagamos — o que ficou conhecido como “Fundão”. Este ano bateu o recorde: R$ 5 bilhões.
Só para se ter ideia, o Brasil é o país que lidera o ranking mundial de uso de dinheiro público para o financiamento de campanhas, com uma média de R$ 2,2 bilhões por ano.
Mas nem sempre foi assim: Até 2015, grandes empresas como bancos e empreiteiras eram os principais financiadores dos candidatos, mas o STF proibiu a doação via PJ depois de escândalos de corrupção e caixa 2.
Alguns acreditam que isso não impediu os crimes e gerou um exagero de dinheiro público para campanhas. Já quem é contra a volta diz que as doações empresariais causam desequilíbrio e aumentam o controle sobre os políticos.