Saúde da mulher na menopausa
No próximo dia 18 de outubro, é celebrado o Dia Mundial da Menopausa. Diversas mudanças afetam as mulheres neste período.
De acordo com a pesquisa Experiência e Atitudes na Menopausa, realizada pela farmacêutica Astellas em seis países, 8 a cada 10 mulheres brasileiras vivenciaram sentimentos psicológicos negativos devido à menopausa, incluindo ansiedade (58%), depressão (26%), constrangimento (20%) e vergonha (16%). Em comparação com os números globais, as brasileiras parecem sofrer mais com estes sintomas. Escutamos algumas especialistas na área para dicas de como viver bem neste período:
Especialista em Medicina do Sono e Pneumologista Jessica Polese
“As alterações hormonais típicas dessa fase estão entre as principais responsáveis por sintomas como despertares noturnos, insônia, dificuldade de manter um sono profundo e despertares precoces”, explica.
“Esses fatores podem levar a cansaço crônico, queda de rendimento no trabalho e até aumentar o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas. Cada paciente deve ser avaliada individualmente. O tratamento do sono na menopausa precisa ser multidisciplinar e pode incluir desde ajustes comportamentais até intervenções médicas personalizadas. O objetivo é devolver qualidade de vida e energia para o dia a dia dessas mulheres”, completa a médica.
Dermatologista Karina Mazzini
“É comum notar mudanças na pele – como mais flacidez, ressecamento e rugas mais evidentes. “Essas alterações acontecem porque a queda do estrogênio reduz a produção natural de colágeno, proteína essencial para manter a firmeza e elasticidade da pele”, destaca a médica.
Segundo ela, nessa fase, além de redobrar a atenção com os cuidados diários, é importante investir em tratamentos que estimulem o colágeno, ajudando a recuperar a vitalidade e a qualidade da pele. “Contar com a orientação de um dermatologista faz toda a diferença – é ele quem vai indicar os produtos e procedimentos mais adequados para que cada mulher atravesse essa fase com saúde e autoestima”, reforça Karina.
Médica Renata Melo: “Muitas mulheres chegam à clínica com queixas de cabelos, mais finos, quebradiços e menos volumosos. Isso ocorre devido à queda nos níveis de estrogênio, um hormônio que desempenha um papel importante na saúde capilar. A diminuição desse hormônio pode levar a uma redução no crescimento dos fios, tornando-os mais frágeis.
Além disso, o aumento relativo da testosterona pode contribuir para o afinamento e a queda de cabelo em algumas áreas. Por isso, é importante investir em tratamentos capilares, que ajudam a manter a saúde e a aparência dos fios.
Entre eles temos Microinfusão de Medicamentos na Pele (MMP) sem agulhas, que administra ativos diretamente no couro cabeludo; o Laser fracionado não-ablativo Erbium YAG 2940 nm; a Radiofrequência microagulhada; o Low Level Laser Therapy, o Microlyser e a Fotobiomodulacao, que estimula as células do couro cabeludo, promove cicatrização, reduz inflamações e fortalece os fios ao melhorar a circulação sanguínea, são exemplos de tecnologias que podem ser usadas.
Endocrinologista Gisele Lorenzoni:
A endocrinologista, Gisele Lorenzoni, ressalta que as mulheres não precisam ter vergonha. “É importante que as mulheres saibam que o ganho de peso na menopausa não é culpa delas. Essa é uma fase natural, que geralmente acontece entre os 45 e 56 anos, marcada por transformações físicas e emocionais. A queda dos hormônios femininos afeta diretamente o metabolismo, a distribuição de gordura e até o apetite — o que explica o aumento de peso mesmo sem mudanças na alimentação. Por isso, reforço sempre a importância do acompanhamento médico.” — destaca a médica.
Gisele deu algumas dicas do que pode ser feito como tratamento. “Antes de indicarmos o tratamento, vamos pesquisar todo o histórico da paciente, para passar uma profilaxia indicada e que não cause efeitos colaterais. A reposição hormonal pode ser indicada em alguns casos, mas hábitos como alimentação equilibrada, exercícios, sono de qualidade e controle do estresse fazem toda a diferença. Engordar na menopausa é comum, mas não é inevitável: com orientação e estratégia, é possível manter saúde, energia e qualidade de vida.”
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