Profissionais de saúde desempenham um papel crucial na identificação, prevenção e proteção de crianças vítimas de abuso. Médicos, enfermeiros, psicólogos e outros especialistas são muitas vezes os primeiros a observar sinais físicos ou comportamentais que indicam violência, podendo agir rapidamente para proteger a criança e acionar as autoridades competentes.
Detecção precoce de sinais de abuso
Profissionais de saúde estão capacitados para reconhecer sinais que podem passar despercebidos em casa ou na escola, como:
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Lesões físicas frequentes ou inexplicáveis, como hematomas, queimaduras e fraturas;
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Sinais de negligência, incluindo má alimentação, falta de higiene ou atrasos no desenvolvimento;
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Alterações emocionais ou comportamentais, como retraimento, agressividade, ansiedade e depressão;
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Comportamento sexualizado inadequado para a idade, que pode indicar abuso sexual.
Avaliação e documentação
O cuidado adequado envolve a coleta de informações detalhadas:
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Documentação de lesões e sinais físicos;
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Registro de relatos da criança de forma ética e respeitosa;
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Comunicação clara e precisa com autoridades e equipe multidisciplinar;
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Garantia de confidencialidade e proteção da vítima.
Encaminhamento e suporte
Profissionais de saúde atuam como facilitadores do acesso a redes de proteção:
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Encaminhamento à psicologia ou psiquiatria infantil para acompanhamento emocional;
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Notificação a Conselhos Tutelares, delegacias especializadas ou Disque 100;
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Coordenação com escolas e assistentes sociais para acompanhamento contínuo;
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Monitoramento de condições físicas e emocionais da criança durante a recuperação.
Prevenção e educação
Além da intervenção direta, profissionais de saúde participam de ações preventivas:
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Palestras e orientações a pais e cuidadores sobre abuso infantil;
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Treinamentos em comunidades e escolas para reconhecer sinais de risco;
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Campanhas de conscientização sobre saúde e segurança infantil.
Conclusão
Profissionais de saúde são aliados essenciais na luta contra o abuso infantil. Sua atuação permite identificação precoce, intervenção segura e encaminhamento para suporte psicológico, social e legal. Com essa presença vigilante e informada, é possível proteger crianças, minimizar traumas e contribuir para que cresçam em ambientes seguros, saudáveis e protegidos, garantindo seu direito a uma infância plena e digna.
Fonte: Izabelly Mendes.