Estudo busca voluntárias para avanço em tratamento de cólica menstrual
Para muitas mulheres, a menstruação vem acompanhada de dores incapacitantes. A dismenorreia primária, popularmente conhecida como cólica menstrual, afeta de 50% a 90% das mulheres em idade fértil. O problema é tão comum que, muitas vezes, é normalizado, mesmo quando compromete a rotina de quem sofre com ele. Estudos mostram que a intensidade das cólicas pode causar faltas no trabalho, prejuízos escolares e impactos significativos na qualidade de vida.
Com foco no avanço de tratamentos para a dismenorreia primária, o Cenders, centro de pesquisas clínicas capixaba, está recrutando voluntárias para um estudo. O objetivo é testar a eficácia e a segurança de uma nova abordagem terapêutica que pode trazer alívio e qualidade de vida a essas pacientes. O estudo oferece acompanhamento gratuito e pode representar um novo passo na saúde menstrual.
Podem participar do estudo mulheres entre 16 e 35 anos, desde que atendam a alguns critérios específicos. É necessário ter tido pelo menos quatro ciclos menstruais dolorosos nos últimos seis meses, além de ter ciclos regulares om duração entre 21 e 35 dias. As voluntárias não podem estar grávidas e precisam ter o diagnóstico de dismenorreia primária (cólica menstrual sem nenhuma doença associada).
De acordo com a médica pesquisadora Dra. Priscilla Martins, a participação das voluntárias é fundamental para que a pesquisa avance, validando novas opções que podem transformar a vida de milhões de mulheres.
“Trabalhar com esse tema é também promover mais dignidade e bem-estar para milhares de mulheres, que muitas vezes sofrem em silêncio com algo que é considerado comum, mas que pode ser altamente debilitante. Acreditamos que, com a colaboração das voluntárias, podemos fazer uma diferença real na rotina dessas mulheres, oferecendo uma nova perspectiva para quem convive com dores intensas todos os meses”, pontua.


