No cenário atual do marketing digital, duas estratégias dominam as discussões entre profissionais e marcas: o marketing de influência e o marketing de performance. Ambas possuem grande relevância, mas seguem caminhos diferentes em termos de objetivos, métricas e resultados. Para entender qual delas faz mais sentido para um negócio, é essencial compreender como funcionam, quais são suas vantagens e em que situações podem ser aplicadas de forma mais eficaz.
O marketing de influência baseia-se no poder dos criadores de conteúdo e personalidades digitais para gerar conexão, confiança e engajamento com o público. Nesse modelo, a lógica não é apenas promover um produto, mas associá-lo à credibilidade de alguém que já possui autoridade ou influência em determinado nicho. O foco está no relacionamento, na construção de imagem e no fortalecimento de marca, e não necessariamente na conversão imediata. Por exemplo, quando uma marca de cosméticos envia seus produtos para uma influenciadora de beleza, o objetivo principal é criar identificação e despertar desejo em sua comunidade. O retorno pode vir a médio e longo prazo, na forma de reconhecimento e preferência de marca.
Já o marketing de performance é orientado por dados e resultados mensuráveis. Trata-se de um modelo no qual cada ação pode ser acompanhada em métricas objetivas, como cliques, leads, vendas ou downloads. Nesse caso, não importa tanto quem transmite a mensagem, mas sim a eficiência com que o investimento retorna em forma de resultados concretos. Plataformas como Google Ads, Facebook Ads e campanhas de afiliados são exemplos clássicos dessa estratégia. O diferencial é a possibilidade de calcular com precisão o ROI (retorno sobre investimento), permitindo ajustes rápidos para otimizar os resultados.
A escolha entre uma e outra abordagem depende do estágio em que a marca se encontra e dos objetivos traçados. Empresas que ainda precisam construir autoridade, reputação e proximidade com seu público muitas vezes encontram no marketing de influência uma ferramenta poderosa para ganhar relevância. Em contrapartida, negócios que já têm presença consolidada e precisam escalar vendas de forma previsível podem se beneficiar mais do marketing de performance, justamente por sua natureza orientada a conversão e mensuração detalhada.
No entanto, não se trata de uma decisão excludente. Cada vez mais, marcas bem-sucedidas combinam as duas estratégias em planos complementares. O marketing de influência pode gerar reconhecimento e despertar interesse inicial, enquanto o marketing de performance direciona esse interesse para ações concretas, como uma compra ou cadastro. Um exemplo prático disso é quando uma marca lança uma campanha com influenciadores para promover um novo produto e, ao mesmo tempo, investe em anúncios segmentados para alcançar potenciais consumidores impactados por aquela mesma campanha.
Outro ponto relevante é o comportamento do consumidor contemporâneo, que se mostra cada vez mais exigente e seletivo. A autenticidade proporcionada por influenciadores digitais pode ser um diferencial decisivo na construção de confiança, mas sem uma estratégia de performance bem estruturada, o alcance desse impacto pode não se converter em resultados tangíveis. Da mesma forma, investir apenas em performance sem gerar conexão emocional pode limitar o crescimento de longo prazo da marca.
Em resumo, a escolha não deve ser feita apenas entre marketing de influência ou marketing de performance, mas sim em como equilibrar as duas abordagens de acordo com os objetivos, recursos e momento da empresa. Enquanto a influência fortalece a marca no imaginário do consumidor, a performance garante a conversão e o retorno financeiro imediato. A combinação inteligente dessas duas forças é o que tende a trazer resultados mais consistentes e sustentáveis no ambiente digital cada vez mais competitivo.
Fonte: Izabelly Mendes.
